21 de novembro de 2015

a ingenuidade e a procura da perfeição

Ainda sobre o post anterior. 
Decidi estender a "Aula aberta" por todas as turmas. O objetivo era confirmar o que já tinha percebido desde que dou aulas a meninos do 5º ano ao 9º ano.

As crianças conforme vão crescendo vão perdendo a sua ingenuidade, nada de novo, portanto. O mais engraçado é que em termos de desenho de observação, em que se pretende que sejam o mais honestos e verdadeiros, essa transformação é muito visível. 

Uma criança de 9 anos perante um vegetal ou fruto, ou um conjunto de ambos, observa. Eu explico a importância do olhar e ver, explico  que o lápis acompanha o olhar e que é mais importante observar o  legume/fruto do que propriamente observar o que se está a desenhar.   Esta criança de 9/10 anos desenha o mais ingénuo desenho e muitas vezes, quase sempre, o mais incrível desenho. Está a desenhar com honestidade.

Conforme vão crescendo vão perdendo esta ingenuidade e honestidade na representação, tornam-se mais inseguros e na procura constante da perfeição. Estraga tudo. Desenham de cor, desenham a ideia que tem preconcebida do determinado fruto/vegetal. 

Com muitas exceções, claro. O meu trabalho é este, mesmo. Sou uma sortuda.




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